26 agosto 2011

dias a preto e branco

Se ao menos pudesse transferir o seu corpo, e não só a sua mente, para o mundo que os seus olhos fechados vêem… aí nada nunca é igual, o mar, as nuvens, e até as dunas de areia, nada precisa de ter sempre o mesmo nome, pode chamar azul ao mar num dia e noutro chamar-lhe branco, só ela sabe no que está a pensar, o que está a observar, quando olha para o que está à sua volta não identifica substantivos, apenas imagens, e alguns adjectivos que ajudam a traduzir as sensações que as imagens lhe provocam. Adjectivos como mar melancólico, ou dia eufórico, passeio sereno, cada sonho um diferente, só para não as perder, as palavras. 

Lindo!