13 agosto 2010

olhar perdido

da gaveta de cima da mesa-de-cabeceira tira o caderno de escritas, que apenas tem escritos excertos de livros que ela vai lendo na esperança de que a ajudem a começar; a última frase, decalcada de um livro de Maria Zambrano, é particularmente sugestiva: «… escrever é defender a solidão em que se está.» Eu, por este andar, nunca vou defender a minha solidão, nem sequer livrar-me dela, diz para ninguém.

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